O ver... conota um observador desatento, que abarca uma imagem como um todo, é como uma visão que não se rompe...
O ver não se fixa num ponto específico, não foca.
A visão supõe um mundo pleno, inteiro e crê no seu acabamento e totalidade, ela opera por soma, acumulação e envolvimento...
Já o universo do olhar... caracteriza-se pelo oposto.
O olhar investiga, indaga, rompe a imagem...
É sempre direcionado e atento. O olhar dá lugar a uma espécie de lusco-fusco de zonas claras e escuras, fixa-se... ao contrário da visão, que se dispersa num todo.
A partir deste paralelo compreende-se que a separação entre estas duas formas de observação tem-se tornado, cada vez mais clara, o homem tem visto, entretanto, não tem olhado o mundo em que vive...
Sem comentários:
Enviar um comentário