"UM SER HUMANO É TODO UM CONJUNTO DE INTENÇÕES, EMOÇÕES, SONHOS, DESEJOS, MEDOS, UM PASSADO, UM AMBIENTE CULTURAL E UMA VIDA INTERIOR DE PENSAMENTOS E FANTASIA"
Thomas Moore
"Eterno, é tudo aquilo que dura uma fracção de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata..." - Carlos Drummond de Andrade
Existem dois objectivos na vida: o primeiro, o de obter o que desejamos; o segundo, o de desfrutá-lo. Apenas os homens mais sábios realizam o segundo.
Acreditar é o primeiro passo para tudo. E depois disso... depois disso luta-se. E vencemos ou perdemos. Seguimos, apesar de todas as coisas... e ser feliz é ter a certeza de que a nossa vida não está a passar em vão... mesmo que por uma fracção de segundo... Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira disse Johann Goethe. E o que é cada de dia senão uma sequência de fracções de segundos?...
Quase sempre a maior e menor felicidade depende do grau de decisão de ser feliz!
Hoje foi o último dia que esteve aberta ao público a minha exposição de tema - "Expressão Taurina" - como já havia aqui anúniciado no blog. Ao chegar a casa e ao abrir o "livro das assinaturas" que costuma estar presente durante o tempo em que as exposições ficam patentes, em vez de ler apenas as folhas desta exposição, comecei pelo principio do livro... recuei 7 anos no tempo e foi maravilhoso. Foi fantástico voltar a ler todas as palavras de incentivo e a boa energia que me vão passando e que tão bem sabe ler pois esta não é uma profissão nem fácil, nem estável, mas são palavras como estas que me vão empurrando para a frente e que dão força para continuar. E claro que ao mesmo tempo ficará registado "para mais tarde recordar". E foi neste "para mais tarde recordar" que surgiu este post. Foi ao começar pelo principio do livro que me lembrei que tudo surgiu em conjunto com o "para mais tarde recordar" do meu Bisavô António Luiz Lopes. Por isso aqui deixo umas linhas sobre alguém que, tão bem contribuíu para a história de uma tradição tão portuguesa como a da tauromaquia. Filho de um criador de touros de Alhandra, onde nasceu, António Luiz Lopes frequentou a Escola Agrícola de Santarém, mas logo começou a tourear como cavaleiro-amador. Tomou alternativa no Campo Pequeno em 1923. Recebeu aplausos em variadas praças do País, de Espanha e do México, num estilo másculo e clássico que marcou uma forte personalidade e uma época. Era uma das figuras mais apreciadas das arenas. Graças à destreza a tourear, tornou-se uma das personalidades mais admiradas pelos aficionados. Acabou também por chamar a atenção do jornalista, pintor e realizador J. Leitão de Barros, que previu que a sua presença nas telas seria uma maisvalia no primeiro filme sonoro, o qual ambicionava concretizar há alguns anos. As suas características físicas conquistaram-lhe o papel histórico de "João, o Conde de Marialva" no filme "A Severa". António Luiz Lopes, insistindo no cinema mudo, quando o cinema português já "falava", um ano depois, produziu e interpretou "Campinos". Tendência comum nos artistas da altura, acabou por se mudar para o Brasil, onde montou um picadeiro e deu lições de equitação. De novo em Portugal, voltou a tourear e a marcar o seu posto na primeira fila dos cavaleiros, dando também lugar ao seu filho Alberto Luiz Lopes. Morreu em 1972.
Aqui deixo também um pouco da nostalgia do filme "A Severa"...
A felicidade vem do compromisso. Alguns pensam que não, que uma pessoa mais solta, sem ligações nem obrigações, é mais feliz! Será? Ela faz o que lhe apetece e não o que quer. Fica escrava das ondas, das emoções, vai para onde puxa o que "tá a dar" e não para onde quer e deve. Estar solto não é o mesmo que ser livre. E compromoter-se livra-nos da escravidão das fantasias e dos apetites. -Vasco Pinto Magalhães in "Não há soluções, há caminhos"
Todo o amor ou amizade gera compromissos, laços de lealdade. A liberdade de amar. A liberdade de preenchermos o corpo e alma com a única coisa que dá autêntica felicidade na vida. Uma realidade viva e com diferentes formas. Uma dedicação ao outro que, muitas vezes, vem antes do próprio interesse. Altruísmo. Uma entrega. Confiança mútua. Projectos partilhados. Reciprocidade. Intimidade. Compromisso, um desejo de permancer...
O Amor de uma Mãe pode ser traduzido numa palavra: Doação. Falar desse sentimento é entender que ele é a mais completa forma de amor, um amor que coloca em primeiro plano o bem-estar e a segurança de um outro ser.
"Deus não pode estar em todos os lugares e por isso fez as mães". Ditado Judaico