Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei subtituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.
Já fiz coisas por impulso,
já me decepcionei com pessoas
quando nunca pensei decepcionar-me,
mas também decepcionei alguém.
Já abracei para proteger,
já me ri quando não podia,
fiz amigos eternos,
amei e fui amado,
mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.
Já gritei e pulei de tanta felicidade,
já vivi de amor e fiz juras eternas,
"quebrei a cara" muitas vezes.
Já chorei a ouvir música e a ver fotografias,
já liguei só para escutar uma voz,
já me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei por perder).
Mas vivi. E ainda vivo.
Não passo pela vida...
Bom mesmo é ir á luta com determinação,
abraçar a vida e viver com paixão,
perder com classe e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é MUITO para ser insignificante.
Charles Chaplin
segunda-feira, 28 de abril de 2008
domingo, 27 de abril de 2008
sábado, 26 de abril de 2008
Simplificar
Quando pensamos muito não estamos a viver. Estamos no passado ou no futuro, na ilusão ou no sofrimento. O único momento que temos para sentir e amar é no nosso "agora". No passado ou no futuro, somente sofremos.
Como saimos dos nossos condicionamentos? Buscando viver e sentir simplesmente o "agora".
Tudo o que nos condiciona é falso. Não somos nós. Devemos apenas identicar e observar os condicionamentos que comprámos um dia, e solta-los... deixa-los ir. Não nos julguemos nem nos critiquemos por isso. Apenas observemos.
Existe um nível absurdo de exigência e muitas vezes imposto por nós. Colocamos metas e queremos que tudo dê absolumento certo no momento que achamos ser o mais correcto. Porque exigimos tanta perfeição? Não serão muitas vezes as nossas noções de perfeição insanas? E muitas e muitas vezes destrutivas quando deveriam ser precisamente o oposto?
E nisto vamos perdendo a qualidade do "agora", os nossos valores reais. Por aborrecimentos minimos somos capazes de passar um dia inteiro de mau humor. Esta atitude apenas ajuda a criar distância da realidade, distância de nós mesmos.
"Desacelerar" é fundamental para que percebamos os nossos repetidos enganos. Devemos dar atenção á qualidade e sanidade de cada acção. Conquistemos a qualidade e os benefícios do "agora" e com alegria. Não desperdicemos tempo. Vivamos o poder do agora.
segunda-feira, 21 de abril de 2008
domingo, 20 de abril de 2008
i carry your heart with me (Edward Estlin Cummings)
Carrego o teu coração comigo... Carrego-o no meu coração.
Nunca estou sem ele. Onde quer que eu vá, tu vais, minha querida;
e o que quer que eu faça é por ti que faço, minha querida.
Eu não temo o destino, pois tu és o meu destino, meu doce.
Não quero o mundo.
Pela beleza tu és o meu mundo, a minha verdade.
E tu és o que a Lua sempre significou,
e o que quer que o Sol transmita, és tu.
Eis o grande segredo que ninguém sabe,
aqui está a raiz da raiz e o botão dos botões em flor,
o céu do céu de uma árvore chamada vida,
que cresce mais do que a alma pode esperar
ou a mente pode esconder,
e esse é o prodígio que mantém as estrelas à distância.
Eu carrego o teu coração. Carrego-o no meu coração.
Nunca estou sem ele. Onde quer que eu vá, tu vais, minha querida;
e o que quer que eu faça é por ti que faço, minha querida.
Eu não temo o destino, pois tu és o meu destino, meu doce.
Não quero o mundo.
Pela beleza tu és o meu mundo, a minha verdade.
E tu és o que a Lua sempre significou,
e o que quer que o Sol transmita, és tu.
Eis o grande segredo que ninguém sabe,
aqui está a raiz da raiz e o botão dos botões em flor,
o céu do céu de uma árvore chamada vida,
que cresce mais do que a alma pode esperar
ou a mente pode esconder,
e esse é o prodígio que mantém as estrelas à distância.
Eu carrego o teu coração. Carrego-o no meu coração.
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Amigos
Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor. Eis que permite que o objecto dela se divida em outros afectos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências ... A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição encoraja-me a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não lhes posso dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crónica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários. De como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente construí, e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida. Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E envergonho-me, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo. Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer ... Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos! A gente não faz amigos, reconhece-os.
(Vinícius de Moraes)
quinta-feira, 17 de abril de 2008
segunda-feira, 14 de abril de 2008
sábado, 12 de abril de 2008
quarta-feira, 9 de abril de 2008
segunda-feira, 7 de abril de 2008
domingo, 6 de abril de 2008
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